Liderança religiosa na Administração
A História das religiões nos mostra que os grandes
líderes religiosos foram também bons administradores. Lembremos, por
exemplo, Abraão, José do Egito, Moisés, Salomão, Davi, Maomé; e porque
não o próprio Jesus?
Esses líderes obtiveram sucesso na administração
devido aos conhecimentos que tinham sobre as relações humanas e sobre a
necessidade da relação com Deus. Todos os passos dados, as decisões
tomadas, eram permeadas do compromisso com a divindade.
Eram pessoas empreendedoras que lutavam pelo que
queriam e em que acreditavam, buscando apresentar sua verdade e
conseguindo seguidores.
As lideranças religiosas do passado podem e devem
inspirar as lideranças atuais da administração a reverem as motivações
de seus atos, a fim de resgatar o sentido religioso que eles carregam.
Pois nossas atitudes são reflexos de nossos conhecimentos e crenças.
Considerando que o administrador tem a função de
organizar o trabalho a fim de que a empresa possa atingir seus
objetivos, é necessário também que o administrador busque satisfazer as
necessidades de seus funcionários, dentre as quais se encontra a
necessidade de ser reconhecido como ser religioso e espiritual.
Todos nós acreditamos em alguma coisa ou em alguém.
Mesmos aquele que afirma não acreditar em nada, ou seja, ele acredita no
nada, que quer dizer, não existe nada a quem devamos nos apegar além
dessa dimensão material da vida. O que deve também ser respeitado no
exercício da administração.
Considerar a dimensão religiosa do ser humano,
considerá-lo como ser religioso, é considerá-lo na sua condição
integral, por inteiro. É reconhecer que suas atitudes são motivadas
também por dogmas, verdades, religiosas. E que essas estipulam regras de
comportamento que deverão estar em conformidade com as regras da
empresa, dentro do possível, para que a qualidade na produção aconteça.
Pois com as práticas dessas regras ambos os objetivos estarão sendo
atingidos: o do funcionário no que toca a prática religiosa e o da
empresa no que se refere ao mercado. Sendo necessário, portanto, que o
administrador tenha conhecimento das religiões e de suas regras. E, de
modo especial, do quadro religioso de seus funcionários, a saber, as
religiões que alí se fazem presentes.
Outro ponto a considerar é que o exercício religioso
na empresa não pode ser esperado apenas daquele funcionário evangélico,
adventista ou católico, mas do administrador que, possuidor dos
conhecimentos religiosos a partir da própria vida, possibilitará que
essa liderança seja exercida por todos da empresa independente de seu
credo. Assim, nenhuma manifestação religiosa se colocará como a melhor,
uma vez que o administrador partirá daquilo que todas tem em comum e não
daquilo que as diferenciam.
O mundo contemporâneo está cada vez mais convicto da
necessidade de nos apegarmos ao transcendente. Isso é revelado na forma
como as religiões são apresentadas nos meios de comunicação, no esporte,
no trabalho etc. E a administração não pode perder esse momento a fim
de conseguir, com êxito, colocar em prática as razões de sua existência.
Prof. e Msc Paulo Sérgio de Faria
Filósofo e Teólogo
Telefones para contato e palestras: 0xx 41 36579146 ou 41 92049611
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